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No dia 9 de dezembro, Brasil e Uruguai assinaram o primeiro acordo de livre-comércio do setor automotivo entre países do MERCOSUL. O novo regime passa a valer em 1° de janeiro de 2016 e abrange automóveis, ônibus, caminhões, máquinas agrícolas, autopeças, chassis e pneus. Basicamente, ele garante a comercialização de veículos e peças com tarifa zero.
O acordo foi assinado pelos ministros Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e os ministros do Uruguai, Carolina Cosse (Indústria, Minas e Energia) e Rodolfo Nin Novoa (Relações Exteriores). Os dois países já possuíam um acordo comercial, porém, limitado a diferentes tipos de cotas. O ministro Monteiro Neto, explicou os benefícios deste novo regime da seguinte forma: “Não é um acordo em que se define cotas. E a perspectiva é que se possa ter um comércio absolutamente livre, fluido e com regras de origem que contemplam as peculiaridade e o estágio de desenvolvimento dos dois países nessa área”.
A isenção de alíquotas amplia as possibilidades de comércio no setor automotivo entre o Brasil e o país vizinho. Contudo, ele também abre o caminho para novas negociações com outros países. “Ao fazer um acordo de livre-comércio com o Uruguai, a gente cria as bases para a ‘mercossulização’ do setor automotivo.”, explicava o ministro Armando Monteiro.
Para terem direito à tarifa zero, os modelos devem ter um mínimo de conteúdo produzido regionalmente: 55% para veículos vendidos no nosso país e 50% para os uruguaios.
Segundo informações divulgadas pelo Ministério das Relações Exteriores, o comércio de veículos entre o Brasil e o Uruguai movimentou 600 milhões de dólares em 2014. Já neste ano até outubro, os negócios somam 500 milhões de dólares. Por outro lado, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que no ano passado foram exportados 14.229 veículos do nosso país para o país vizinho. Entre janeiro e novembro de 2015, o número foi de 12.512 unidades.
Para Luiz Moan, presidente da Anfavea, o entendimento entre os dois países trará “coisas muito positivas para o Brasil. Tínhamos exportação restrita, e agora, o volume irá aumentar". Assista ao vídeo do Portal Brasil e saiba mais sobre este acordo inédito:
