O seguro popular de automóvel foi lançado ao mercado como uma opção de proteção mais barata para carros mais velhos. A possibilidade de utilização de peças usadas nos reparos do veículo é o grande destaque deste produto. No entanto, é possível garantir a qualidade dos consertos com peças provenientes de desmanches? Acompanhe a matéria exibida pelo Jornal da Justiça e esclareça todas as dúvidas a respeito do assunto:

Quem faz seguro de veículo já pode optar por uma nova modalidade, bem mais em conta. É o seguro popular. A novidade é que a substituição de peças é feita por produtos originais de fábrica, porém, já usados. Mas tudo com registro do Detran.

Optar por uma peça original, mas usada, agora vai ser mais fácil, tanto para clientes como para donos de oficinas e seguradoras. Isso porque foi aprovada pela Superintendência de Seguros Privados uma nova modalidade com o uso de peças reutilizadas. Além de o preço cair cerca de 50% para os clientes, a medida também visa coibir a venda de peças de veículos roubados.

“Na hora da assinatura da apólice, o consumidor autoriza a seguradora a utilizar peças usadas  (retiradas de outros carros sinistrados, ou seja, de outro carro que teve problema com o seguro), no seu carro em reparo de manutenção ou de acidente, em qualquer tipo de cobertura que ele tiver do seguro.” (Geraldo Tardin – Especialista em Direito do Consumidor)

As peças usadas legais vão ser identificadas pelo número de série e uma etiqueta do Detran com código de barras. O sistema vai permitir que qualquer pessoa possa consultar o histórico e a origem da peça. A empresa que oferecer o seguro popular deve deixar claro para o cliente que, caso seja necessário a reposição de peças, ela será substituída por uma seminova

A nova modalidade de seguro não muda a relação de consumo e a garantia da qualidade do serviço para o cliente: “Vai existir uma redução do seguro, o consumidor vai ter uma peça que não vai deixar de ter garantia do serviço porque ela é usada; a garantia é a mesma. Ele tem que ver os prós e os contras.” (Geraldo Tardin)
(Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=2CnR2IvnTuc )