A violência contra as mulheres no trânsito é um assunto sempre candente. Uma violência que se manifesta através do discurso machista e que é reproduzida cotidianamente. Essa velha piada que diz “Mulher no volante, perigo constante” é a mais leve das agressões que a diário as mulheres sofrem quando saem nas ruas dirigindo os seus veículos.
“Tinha que ser mulher ao volante”?! “Vai cozinhar”! “Vai lavar a louça”! São algumas das “cantadas” mais leves que as mulheres sofrem só pelo fato de dirigir. A delas é uma luta constante por uma sociedade mais justa.
As mulheres ao combate da violência no trânsito
Continuamos nos perguntando por que isso acontece? Bem, em primeiro lugar porque o trânsito no Brasil ainda é dominado por homens. Segundo dados oficiais, mulheres são titulares apenas do 35% das CNHs ativas, e nem falar em segmentos de veículos de maior porte.
Apesar de todo esse preconceito as estatísticas demonstram que as mulheres são condutoras muito mais responsáveis do que os homens. As empresas que realizam pesquisas para as companhias seguradoras detectaram que homens tem 3,5 vezes mais chances de cometer infrações no trânsito e uma altíssima percentagem de homens envolvidos em acidentes fatais.
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Devemos destacar a iniciativa de cidades brasileiras que, como Recife, decidiram realizar uma campanha vinculada com as mulheres ao combate da violência no trânsito . Para isso criaram uma cartilha impressa com dicas de civilidade e boas práticas na procura de combater o machismo no trânsito.
Enquanto no Brasil são tomadas umas poucas decisões a respeito, a Argentina inovou com uma medida mais formal. Desde o ano passado todos os candidatos a tirar a CNH precisam passar um teste obrigatório sobre igualdade de gênero. A intenção é tornar o trânsito mais acolhedor e menos preconceituoso.
