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Consequências de conduzir de ressaca

Consequências de conduzir de ressaca. Todo motorista responsável sabe que álcool e direção não combinam.

Clara Rivera
Por Clara RiveraAtualizado 29 Abr 2025

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Todo motorista responsável sabe que álcool e direção não combinam. No entanto, esta perigosa dupla continua provocando desfechos fatais nas estradas brasileiras: segundo José Padilha, ex-ministro da Saúde, os acidentes envolvendo motoristas que consumiram álcool ao volante já são epidemia no país.

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Contudo, você sabia que dirigir de ressaca pode ser tão perigoso quanto dirigir bêbado? Foi isso que demonstraram estudos realizados no Reino Unido e na Holanda. Cientistas desses dois países chegaram à conclusão de que, apesar do baixo nível ou da inexistência de álcool em sangue, as pessoas que beberam muito nas últimas 12 horas não dirigem em plena posse de suas faculdades.

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Tanto a pesquisa realizada na Universidade de West of England como na feita na Universidade de Ultrecht, os participantes foram avaliados depois que a concentração de álcool em sangue voltou a zero. O resultado da primeira foi contundente: seu comportamento era muito parecido com o do momento em que estavam sob o efeito do álcool. Eles apresentavam atitudes como: velocidade na condução do veículo, demora no tempo de reação, erros e desvios. Chris Alford, o professor que liderou a pesquisa, concluir: “Situações como a velocidade de reação são diminuídas. A forma como eles dirigiam era mais irregular”.

Já na segunda pesquisa, os participantes tinham consumido, na noite anterior, aproximadamente dez doses de bebida alcoólica. O resultado foi que a ressaca aumentou significativamente o número de lapsos de atenção e de desvios no caminho. Segundo a conclusão dos pesquisadores, isto significa que, nessas condições, o nível de comprometimento dos motoristas foi semelhante ao de quando apresentavam um nível de álcool acima do permitido.

Mesmo que ter ressaca possa parecer um fato anedótico ou apenas embaraçoso, ficou mais claramente comprovado de que ela é capaz de produzir graves consequências no trânsito. Falta de concentração, sonolência, ansiedade e irritabilidade – sintomas comuns encontrados nesse período – comprometem significativamente as respostas motoras do condutor.

Portanto, não há dúvida que dirigir de ressaca pode ser tão fatal quanto dirigir após ter bebido “uns goles a mais”. Será que queremos pôr em risco nossa vida e a vida daqueles que nos rodeiam? Ou será que vamos entender de uma vez por todas esse assunto?

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