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Nos últimos anos, a poluição do ar tornou-se uma verdadeira ameaça à saúde e à qualidade de vida dos chineses. Segundo um levantamento realizado pelo órgão de pesquisa ambiental Environmental Performance Index (EPI), a China é o terceiro país com a pior qualidade de ar. O ex-ministro chinês da Saúde declarou que a má qualidade do ar é responsável por entre 350 mil e 500 mil mortes prematuras por ano no país. Para combater esse flagelo, milhões de chineses são obrigados a usar máscaras de ar, a fim de evitar respirar o ar contaminado.
Em Pequim, a capital chinesa, a situação é realmente alarmante. O prefeito Wang Anshun, chamou a cidade de “inabitável” devido à poluição do ar. Wang revelou que a fumaça nociva que toma conta das ruas da cidade é causada pelo aumento drástico no número de fábricas e de veículos. “Para se ter uma cidade de primeiro nível internacional, habitável e harmoniosa, é muito importante para estabelecer um sistema de normas, e nós estamos fazendo isso. No presente momento, no entanto, Pequim ainda não é uma cidade habitável”, expressou o prefeito.
Em vista deste panorama, no ano passado o governo da China colocou em funcionamento um plano antipoluição, no intuito de reduzir a emissão de gases e combater a má qualidade do ar. Por enquanto, entre janeiro e agosto deste ano foram retirados de circulação mais de 700 mil carros comerciais de alta emissão, número que representa 60% dos veículos tipo. A cidade de Hangzhou – que em 2013 registrou 239 dias de poluição atmosférica – já retirou das ruas milhares de carros antigos que não cumprem as normas de emissão mínimas.
Além disso, o governo chinês aposta forte na adoção de carros elétricos e planeja investir até 100 bilhões de yuans para impulsionar a demanda de veículos ecológicos. Os subsídios dados pelo governo garantem reduzir os custos dos carros em cerca de 60 mil yuans (aproximadamente 9 mil dólares). A meta é chegar em 2020 com 5 milhões de automóveis movidos a energias alternativas trafegando pelas ruas da China.
